Desculpa
Desculpa, que palavra tão triste mas tão real,
Vou partir e deixar-te sem resposta nem pergunta,
talvez vá alimentar as tuas certezas ou conclusões,
fujo de ti sim, fujo de mim também e do mal que te faço.
Que ousadía a minha de pensar tanto no que pensas!
sei lá eu que te vai na cabeça, na minha vai muita coisa,
coisas a mais, muita sombra e neblina que me ostípa,
Entope a alma, o corpo e a mente sem freio.
Meu amor, ou oásis dele em mim,
queria tanto perceber porque sinto tudo isto,
aceitar que posso não te querer, assusta-me,
querer-te mal é angústia que alimenta a loucura.
Vou fugir de tí, escrever-te para bem da verdade
contar o que se passa expelír versos suaves
resgatar a verdade do que sinto e esperar...
desculpa, que palavra tão triste mas tão real.
Nuno Sabroso