ECO
Eco...
inaudível
aos gritos de quem geme.
Indiferente
em ironias cambiantes,
perde-se em imagens voláteis...
A quem importa o grito
se o eco o despreza ?
O crepúsculo envolve-o amargamente
e o eco acéfalo,
obstinadamente indiferente,
alcança o cume,
cego,surdo, sem limites
onde espera alcançar a redenção...
Em exaustão,
o grito, entorpece a viagem peregrina
em canticos de erosão.
Almas em rouquidão
sufocam com o fruto do silêncio.
Lita Lisboa.