Domingo, 1 de Abril de 2012

(44) A miséria que ninguém quer ver.

A miséria que ninguém quer ver.

 

Como podemos encontrar a felicidade,

Quando mesmo ao nosso lado está a miséria.
Dizemos que temos pena, quando os vemos na televisão,
Aparece uma lágrima, que é bom cristão
Mas não passa de cinismo disfarçado de pena.

Vemos um pobre, damos uma esmolinha

“mas que pobre alminha…”
Chega para não morrer de fome
mas pouco come,
O pobre da esmola.

E sentimo-nos bem, com a boa acção,

Mas não passa de exibicionismo,
Apenas cinismo.
Porque ele está na noite ao relento
Enquanto nós, muito bem com o aquecimento.

Chegam notícias de violação,
De tanta maldade e de exploração,
“ai que pobres criancinhas.”
Mas ninguém quer saber daquelas vidinhas,
Porque é só para os entreter
Essa miséria que ninguém quer ver

 

 

 

Filipe Magalhães Alves

publicado por poesiaemrede às 03:57
link do poema | comentar | favorito

Poemas a Concurso

Publicação Final

(45) Manifesto

(44) A miséria que ningué...

(43) POETA DO MAR ONDULA...

(42) Longos sorvos de tem...

(41) Desgraça, grande mal...

(40) A voz da sociedade

(39) O Segredo das Palavr...

(38) Nada

(37) FORCA POÉTICA

(36) Portugal

(35) Globalização fratern...

(34) 18.02, tarde.

(33) livro de reclamações

(32) NO MEU RIO IMAGINÁRI...

(31) Tubarões

(30) Abril

(29) Da lusa gente (ou fa...

(28) Doença

(27) PORTUGAL IMIGRANTE

(26) “Quando perdemos alg...

(25) ANO 2012

(24) Como tu

(23) Desculpa

(22) "Se eu Mandasse"

(21) Depressão ( A doenç...

(20) O que se faz

(19) Viver para Ser

(18) ECO

(17) Justiça injusta

(16) Ainda ontem era Abri...

(15) Os Renegados

(14) PARA ALIMENTAR A ALM...

(13) Eau de Liberdade

(12) Mudança

(11) Sem Rumo

(10) Mentalidades

(9) Pura inocência

(8) Caos na Natureza

(7) " O Mundo "

(6) Que dizes do mundo

(5) Entre o Chão e o Céu

(4) DICOTOMIA DO QUERER E...

(3) PEDIDO EM ORAÇÃO A UM...

(2) (Des)encontros

(1) Mundo Imundo

pesquisar poema

blogs SAPO

subscrever feeds