Terça-feira, 13 de Março de 2012

(27) PORTUGAL IMIGRANTE

PORTUGAL IMIGRANTE

 

As paredes dos prédios onde estamos

São pintados com tinta aditivada

Com o suor e a dor dos africanos,

Brasileiros e da Europa libertada.

 

São Guiguis, Santolas, Nhouces, Mangolés,

Moçás, Brasucas, antes eram todos portugueses,

Os Tugas do Serviço de Fronteiras: Quem És?

Estrangeiro todas as vezes!

 

Depois, concentras-te no Rossio,

Teatro D. Maria, Praça da Figueira,

Tua mulher habitua-se ao frio

E já vende peixe na Praça da Ribeira.

 

Tens condomínio fechado na Jamaica,

Pedreira dos Húngaros, Cova da Moura,

Não tens direito a formação ou baixa,

Se adoeces, nenhum hospital te cura.

 

Queres casa, mas o Banco não empresta,

Falta contrato de trabalho assinado,

O patrão explora-te enquanto lhe interessa,

Depois sem subsídio, estás desempregado.

 

Teus filhos, embora, naturais

De Portugal, mas isso não chega,

Para que legalizem os seus Pais,

Só te resta então…mais tristeza.

 

 

José Manuel da Cruz Vaz Jacinto

publicado por poesiaemrede às 00:25
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